Cartas que Nunca Foram Enviadas
Escrevi teu nome em papéis que o tempo esqueceu.
Confiei segredos a envelopes sem destino,
e chorei sobre tintas que nunca secaram.
São cartas que nunca cruzaram portas,
que dormem em gavetas como promessas adiadas.
Nelas, digo tudo o que não tive coragem de falar,
e pergunto o que já sei que não terá resposta.
Algumas são de amor.
Outras, de perdão.
Muitas, só de saudade disfarçada de esperança.
Nunca foram enviadas —
mas existem.
E, em silêncio,
continuam me salvando.